O diagnóstico de nódulo no pulmão não é o mesmo que câncer, pois, na maioria dos casos, os nódulos são benignos e, por isso, não colocam a vida em risco, especialmente quando apresentam tamanho inferior a 30 mm.
No entanto, em casos mais raros, a presença de um nódulo pode ser um sinal precoce de câncer no pulmão ou em outro local do corpo e, por isso, é importante manter uma avaliação regular com exames de imagem para avaliar o crescimento e mudanças de forma, iniciando o tratamento se for necessário.
O câncer de pulmão surge em apenas 5% dos casos de nódulo e é mais frequente em idosos, pessoas com histórico de câncer na família ou fumantes. Isto significa que uma pessoa jovem, não fumante e com um nódulo pequeno tem um risco quase inexistente de ter câncer de pulmão, já que, mesmo em idosos, com nódulos maiores e fumantes, as chances de desenvolver câncer a partir do nódulo são muito baixas.
Como saber se o nódulo é câncer
Para saber se um nódulo é maligno, geralmente, o pneumologista pede outros exames de imagem, como tomografia computadorizada ou pet-scan, e, cerca de 4 meses depois, repete esses exames para avaliar se o nódulo cresceu ou se mudou de forma e aparência.
Normalmente, os nódulos benignos mantêm o mesmo tamanho e pouco alteram, enquanto que os nódulos de câncer aumentam de tamanho para quase o dobro e alteram bastante sua forma, mostrando uma massa irregular em vez de uma massa redonda, que é característica do nódulo pulmonar benigno.
Sintomas de nódulo maligno
Os nódulos no pulmão raramente provocam qualquer tipo de sintoma, tanto no caso de serem malignos, como no caso de serem benignos e, por isso, é comum que só sejam descobertos acidentalmente durante exames de rotina, como um raio X do tórax ou tomografia computadorizada.
Porém, alguns sintomas que podem alertar para a presença de alterações nos pulmões, como nódulos, e que devem ser avaliados por um pneumologista, incluem dificuldade para respirar, cansaço fácil, dor no peito e sensação de falta de ar.
O que pode causar um nódulo
As causas dos nódulos no pulmão variam de acordo com o seu tipo:
- Nódulo benigno: geralmente é resultado de cicatrizes no pulmão provocadas por infecções anteriores, como pneumonia, ou como consequência de tuberculose, por exemplo;
- Nódulo maligno: apresenta as mesmas causas do câncer de pulmão e, por isso, é mais frequente em fumantes e em pessoas expostas frequentemente a químicos perigosos, como arsênico, asbesto ou berílio, por exemplo.
Além disso, o nódulo maligno também pode ser causado por câncer em outro local do corpo, como estômago ou intestino, podendo ser necessário fazer outros exames, como colonoscopia ou endoscopia, quando existe suspeita de câncer nesses órgãos.
Como é feito o tratamento
O tratamento varia de acordo com o tipo, sendo que no caso do nódulo benigno, normalmente, não é recomendado qualquer tipo de tratamento, fazendo-se apenas uma avaliação constante com um raio X por ano, ou a cada 2 anos, para garantir que o nódulo não aumenta de tamanho, nem altera suas características.
Já no caso de o nódulo poder ser maligno, o pneumologista geralmente aconselha a realização de uma pequena cirurgia para retirar um pedaço do nódulo e analisar em laboratório, de forma a confirmar a presença de células cancerosas. Caso o resultado seja positivo, normalmente é preciso fazer uma outra cirurgia maior. Se o nódulo for pequeno, pode ser removido apena o nódulo, mas se for maior, pode ser necessário retirar uma porção do pulmão. Confira todas as opções de tratamento para os casos de câncer no pulmão.